Dia Nacional da Doação de Órgãos - Saiba como ser um doador e que órgãos você pode doar
Para ser um doador de órgãos, não é preciso deixar nenhum
documento por escrito, porém é necessário manter a família ciente do seu
desejo. A família é quem autoriza e documenta, a liberação de órgãos. Não se
preocupe, pois no Brasil há uma legislação rígida para doação de órgãos e a
família do possível doador pode acompanhar todo esse processo.
Como funciona
É considerado como potencial doador, pacientes em morte
cerebral ou encefálica. Em geral, as principais causas desse tipo de morte são:
Traumatismo Crânio Encefálico; Acidente Vascular Encefálico (hemorrágico ou
isquêmico); Encefalopatia Anóxica e Tumor Cerebral Primário. No Brasil, este
diagnóstico é definido por meio da Resolução CFM nº 1480/97, devendo ser
registrado no prontuário do paciente um Termo de Declaração de Morte
Encefálica, descrevendo todos os elementos do exame neurológico.
A morte cerebral tem como características a ausência de
reflexos do tronco cerebral, por isso, há a necessidade de um relatório médico
comprovando o quadro do paciente. Além desse documento, uma equipe médica
deverá realizar exames para identificar a causa do coma, se o paciente não
estava usando drogas depressoras do Sistema Nervoso Central, em hipotensão
arterial e hipotérmico, com temperatura menor que 35º C. Ainda obedecendo a
resolução, outra equipe médica deverá realizar outros exames a fim de
determinar que haja a ausência de perfusão sanguínea cerebral ou ausência de
atividade elétrica cerebral ou ausência de atividade metabólica cerebral.
Após o diagnóstico de morte cerebral, a equipe médica deve
consultar a família do paciente e orientá-la sobre o processo de doação de
órgãos. Em geral, essa entrevista é bem objetiva, informando que o paciente
esta em óbito, porém esta situação permite que os órgãos sejam doados para
transplantes.
Cabe ao hospital informar às Centrais de Notificação,
Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs) o nome, idade, causa da morte e
hospital onde o paciente se encontra internado. Vale ressaltar que essa
notificação às centrais deve ser realizada independente do desejo da família de
doar ou não, ou da condição clínica do potencial doador.
Doação em vida
Também há a possibilidade de fazer doação de órgãos em vida.
É o caso de doações parciais de pâncreas, fígado, pulmão, rim e medula óssea,
se compatível ao receptor.
Para esse tipo de doação, o cidadão deve estar em condições de doar o órgão ou
tecido sem comprometer a saúde e aptidões vitais; doar um dos órgãos que sejam
duplos e não impeçam o organismo de continuar funcionando; ser parente de até
quarto grau, cônjuge ou não parente. A doação só poderá ser feita com
autorização judicial.
Confira aqui quais órgãos e tecidos podem ser doados:
– Córneas
– Coração
– Pulmões
– Rins
– Fígado
– Pâncreas
– Ossos
Fonte: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
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