Na política neutro é apenas shampoo de bebê
O desfecho da CEI da Covid e
instalação à toque de caixa da comissão processante tornou evidente a intenção
dos vereadores desafetos do prefeito em operar uma verdadeira chantagem
política.
A comissão processante é baseada em
informações colhidas por documentos e depoimentos, que foram usados na maioria
dos casos como peça de propaganda dos vereadores membros da CEI da Covid para
desabonar o trabalho de linha de frente dos profissionais de saúde e
assistência social do governo municipal de Itapeva.
Consequentemente, ficou muito clara a
tentativa orquestrada dos vereadores liderados pela bancada do PP e candidato
derrotado a prefeito do partido em desqualificar politicamente a imagem do
prefeito eleito perante a sociedade de Itapeva, tornando a situação uma espécie
de terceiro turno apostando no quanto pior melhor em plena pandemia.
Um dia após a conclusão da comissão
que investigou os supostos casos de irregularidades e desvio de finalidade e
recursos da Covid-19 nas secretarias municipais de Saúde, Educação, Desenvolvimento
Social e Cultura, ficou claro que os pedidos de cassação pré-fabricados por
apoiadores dos vereadores de oposição eram parte de toda narrativa previamente
combinada.
Somente pessoas completamente
bitoladas politicamente ou apostadores da roleta russa da cassação negam isso
tapando o sol com a peneira de pés juntos.
A rapidez e concordância com todos os
termos e conclusões feitas pelos relator da CEI Covid feitas nos pedidos de
cassação deixaram cristalina a intenção do grupo em tentar chantagear ou até
mesmo se vingar politicamente do prefeito por causa da derrota nas urnas em
2020 e posteriormente nenhuma concessão cargos na escolha posições administrativas
de primeiro e segundo escalões do Poder Executivo de Itapeva.
Se a CEI da Covid tivesse
verdadeiramente intenção de esclarecer malfeitos e desvios de recursos
destinados para prevenção e tratamento de covid no município, os membros da CEI
teriam, por coerência lógica, que terem feito pedido prorrogação das
investigações, tendo em vista que a pandemia e necessidade de uso de recursos
para aplicações em saúde e assistência social ainda continuam em andamento e
seguirão desta forma enquanto perdurar a pandemia.
A evidente pressa dos vereadores em
antecipar provas contra o prefeito e secretários notoriamente se guiou por
motivações políticas subjetivas pautadas por manobras de bastidores e produção
de factoides por páginas de redes sociais associadas à vereadores.
Se tornou notório que não foi adotado
nenhum critério honestamente objetivo, isto é, de zelo e fiscalização do uso do
dinheiro e bens públicos custeados com recursos provenientes do governo federal
e estadual para enfrentamento da pandemia em Itapeva. O que se manifestou
abertamente na Câmara Municipal, inclusive tendo os vereadores veteranos
anacrônicos como protagonistas, foi um festival de argumentos pífios para
ofender a pessoa do prefeito e insultar a inteligência de qualquer pessoa com o
mínimo de sensatez.
Se ambas as comissões não fossem de
caráter chantagista político, como se demonstraram a todo tempo, o desfecho
certamente levaria em qualquer caso, as revelações de irregularidades e atos ilícitos
constantes no relatório da CEI da Covid até o Poder Judiciário mediante
denúncia formal do Ministério Público, culminando posteriormente em sentença de
tribunal com completo esclarecimento das ilicitudes praticadas, aplicando a
punição adequada aos atos de improbidade administrativa que tivessem sido confirmados
após processo transitado em julgado.
Até o momento o que as comissões
compostas por vereadores desafetos políticos do prefeito e secretários demonstrou
de real e verdadeiro foi que alguns vereadores se compram mais facilmente que
outros, ou seja, uns com cargos outros com pedidos atendidos.
Logicamente que isso também confirma
a necessidade do consumo ou aluguel de pessoas sem nenhum compromisso com o bem
público e necessidades do município por parte de quem aceita fechar o negócio.
Conclusão: tudo é baseado em troca favores para suprir a demanda de interesses
políticos de curto prazo.
Para deixar a situação mais esmiuçada
na sua natureza tragicômica alguns desses personagens fizeram questão de irem
pessoalmente se venderem a preço de banana, sem esperar muita coisa em troca do
Poder Executivo, se contentando com uma chance de tentarem se safar das
acusações mirabolantes sobre refeições onde foram servidos filés de tilápia
para moradores de rua esfomeados.
Isso comprova que a consciência
política em Itapeva é tão rasteira e suja como o que há de pior em Brasília,
até porque a falta de caráter no exercício do mandato não é nenhuma raridade no
país onde eleitores embriagados de raiva política preferem acreditar em mitos
de honestidade política do que na verdade dos acontecimentos.
Quem tem ética e discernimento
político já entendeu isso desde o começo deste ano, não ficando neutro diante
dos últimos acontecimentos da política cada vez mais hostil e imbecilizada
praticada em uma cidade onde até uma homenagem ao pintor Debret é motivo de
chacota política e administrativa para vários governos municipais marcados pela
incompetência em fazer o que precisa ser feito do jeito certo.
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