Polícia

Segurança já! Furtos disparam em Itapeva e escancaram sensação de insegurança

Cidade já contabiliza 168 furtos apenas no primeiro trimestre de 2025; em todo o ano anterior foram 647 registros. População cobra medidas da prefeita militar, eleita com promessa de ordem e segurança

O aumento constante de furtos em Itapeva voltou a expor a fragilidade da segurança pública local e alimenta a inquietação de moradores por medidas concretas. De janeiro a março deste ano, foram registrados 168 furtos no município, incluindo cinco ocorrências de furto de veículos. Em 2024, os números já haviam sido expressivos: 647 furtos, dos quais 40 envolveram furto de veículos. Os dados revelam não apenas a continuidade da criminalidade, mas também a ausência de ações eficazes de contenção por parte do poder público.

O cenário urbano reflete um cotidiano tomado pelo medo: casas invadidas, comércios arrombados, motos e bicicletas levadas em plena luz do dia. A população, já desacreditada de ações concretas do poder público, clama por mais presença das forças policiais e da Guarda Civil Municipal. O sentimento é de desamparo, intensificado pelo crescimento visível no número de moradores de rua e usuários de drogas, especialmente nos arredores da rodoviária, praças centrais, prédios abandonados e até na porta de comércio.

Itapeva escolheu nas urnas, em 2024, uma prefeita de formação militar justamente pela promessa de imposição de ordem e disciplina na administração da cidade. A opção do eleitorado foi clara: um voto na autoridade, no rigor e na suposta capacidade de gestão estratégica da segurança pública. Contudo, até o momento, a gestão não entregou à população um plano articulado e eficiente para enfrentar o crescimento da criminalidade — e, pior, parece recuar diante de uma realidade que exige pulso firme e presença constante.

A população, que confiou nas credenciais militares da atual prefeita Adriana Duch, começa a questionar até que ponto a autoridade de farda se traduz em eficiência de governo. A cidade clama, não por discursos, mas por segurança real, presença ostensiva e soluções que devolvam aos moradores o direito básico de ir e vir — sem medo, sem cadeados em cada janela, sem furtos a cada esquina.

Deixe um comentário