Atenção mamães: Brasil enfrenta pico de bronquiolite
O Brasil está vivenciando o pico de casos de bronquiolite,
uma infecção respiratória que afeta principalmente bebês e crianças pequenas. A
doença, causada principalmente pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), tem
levado a um aumento significativo nas internações pediátricas em diversas
regiões do país.
Bebês com menos de dois anos, especialmente os menores de
seis meses, são os mais vulneráveis à bronquiolite. Isso se deve ao sistema
imunológico ainda em desenvolvimento e às vias respiratórias mais estreitas, o
que facilita a obstrução causada pela inflamação dos bronquíolos. Idosos,
especialmente aqueles com doenças crônicas como DPOC e insuficiência cardíaca,
também estão entre os grupos de risco.
Os sintomas iniciais da bronquiolite são semelhantes aos de
um resfriado comum: coriza, tosse e febre baixa. No entanto, a doença pode
evoluir rapidamente para quadros mais graves, com dificuldade para respirar,
chiado no peito e coloração azulada dos lábios e extremidades, indicando baixa
oxigenação no sangue.
A transmissão da bronquiolite ocorre por meio de gotículas
respiratórias expelidas ao falar, tossir ou espirrar, além do contato com
superfícies contaminadas. Por isso, medidas simples de higiene são fundamentais
para prevenir a disseminação do vírus:
- Lavar as mãos com frequência com água e sabão ou usar álcool
em gel;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados, especialmente com
bebês;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar o contato de crianças com pessoas que apresentem
sintomas de gripe ou resfriado.
Pediatras alertam para a importância de evitar visitas a
recém-nascidos, especialmente nos primeiros três meses de vida, período em que
o sistema imunológico do bebê ainda está em desenvolvimento. Caso a visita seja
indispensável, é essencial que a pessoa esteja saudável, sem sintomas de
doenças respiratórias, e adote medidas como higienizar as mãos, usar máscara e
evitar contato direto com o bebê.
Não existe um tratamento específico para a bronquiolite. O
manejo da doença é focado no alívio dos sintomas e no suporte respiratório,
quando necessário. Em casos leves, cuidados domiciliares como repouso,
hidratação e lavagem nasal são suficientes. No entanto, casos mais graves podem
requerer hospitalização para administração de oxigênio e monitoramento.
Diante do aumento dos casos de bronquiolite, é fundamental
que pais e cuidadores estejam atentos aos sintomas e busquem atendimento médico
ao primeiro sinal de agravamento. A prevenção continua sendo a melhor forma de
proteger os grupos mais vulneráveis, especialmente bebês e idosos, durante este
período de maior circulação do VSR.
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