DIRETO DA CÂMARA — Vereadores debatem impasses de pagamentos da Prefeitura para Santa Casa
A terceira sessão ordinária da Câmara de Municipal deste ano foi predominantemente marcada por discursos dos vereadores envolvidos com as tratativas entre Santa Casa e Prefeitura, diante dos impasses sobre repasses e pagamentos à instituição.
A comissão de Saúde do Poder Legislativo, presidida pelo vereador Dr Marcelo Poli, novamente deve ter papel fundamental nas tratativas. O compromisso dos vereadores é postular em favor das demandas de interesse municipal no segmento de saúde pública e manutenção das articulações envolvendo direcionamento de recursos do Poder Executivo, em todas suas esferas, para custeio de serviços e atendimento da Santa Casa de Itapeva.
Aparentemente o Poder Executivo Municipal, encontra-se sem clareza de gestão de recursos financeiros, fator que causou atrasos e impasses de pagamentos de acordos prévios com a Santa Casa neste começo de ano. Além disso, o repasse do piso da enfermagem também sofreu o mesmo impacto negativo, sendo pago após cobranças dos vereadores Ronaldo Pinheiro acompanhado do Dr. Marcelo Poli.
O vácuo administrativo financeiro da presente gestão do
Poder Executivo, gerou não apenas atrasos no envio de recursos essenciais para o
funcionamento das atividades da Santa Casa, mas também acendeu um alerta
perante gestores da entidade e vereadores, que demonstram preocupações
meritórias sobre o tema.
A vereadora Áurea considerou como sendo uma lástima estar novamente diante de uma pauta de impasses financeiros da Prefeitura em relação à Santa Casa. A parlamentar insistiu na necessidade de uma articulação rápida e equilibrada para solucionar a situação.
Os vereadores que abordaram o tema durante a sessão formaram uma linha argumentativa de que que não se pode mais procrastinar decisões do Poder Executivo em virtude de impasses financeiros e administrativos que provém da forma como a atual equipe da prefeita Adriana Duch interpreta as demandas financeiras do governo municipal.
A partir desse ponto de vista, os vereadores alegam que o custeio de serviços de saúde pública no município não podem sob nenhuma hipótese ser prejudicado. Diante desse contexto, os vereadores insistiram que a pauta envolvendo a Santa Casa deve ser abordada com clareza e objetividade como palavras de ordem para equacionar a situação.
Independentemente dos valores envolvidos, cabe ao Poder Executivo Municipal arcar com o que lhe é cabível quanto ao ônus financeiro de repasses à Santa Casa, não havendo margem para discursos que não sejam resolutivos por parte dos gestores da Prefeitura. A preocupação que eventuais atrasos ocorram novamente, por parte do governo municipal, causando por consequência descumprimento de datas de pagamento da folha de médicos e colaboradores é um dos pontos mais sensíveis da questão.
Adentrando outras questões como investimentos no setor de radiologia da Santa Casa, que foi recentemente inaugurado, os vereadores também demonstraram apreensão, tornando o assunto pauta assessória do debate frente às implicações envolvendo os repasses.
Por último, não menos importante, existe um consenso de que os serviços prestados pela Santa Casa à população não podem ser minados por eventuais desequilíbrios fiscais, muito menos por falhas de orientação sobre como a gestão de recursos correntes da Prefeitura deverá seguir no presente mandato.
Até o momento o Poder Executivo não detalhou, por meio do gestor da Secretaria Municipal de Finanças, qual a extensão das implicações do que chamaram de déficit e endividamento da Prefeitura, apesar do discurso em tom de crítico sobre a pauta ser recorrente, porém sem os devidos esclarecimentos pertinentes.
Aguarda-se que nos próximos dias a prefeita Adriana Duch esclareça seu ponto de vista sobre o assunto, uma vez que o dever de
explicar como o seu governo irá resolver a questão não deve ser uma peça de
discurso de marketing, mas sim um ato de gestão consciente perante a situação
em debate.

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