Prefeita de Itapeva sanciona lei com aumento de salário, abono de férias e 13º salário para secretários e dirigentes
Nova legislação também fixa subsídio de R$ 12 mil para o
mandato 2025-2028, gerando debate sobre custos e eficácia administrativa
A prefeita Adriana Duch Machado sancionou nesta
terça-feira (7) a Lei nº 5.197/2025, que estabelece o pagamento de abono de
férias e 13º salário aos secretários municipais e dirigentes de autarquias de
Itapeva. A medida, aprovada pela Câmara Municipal, também fixa o subsídio
mensal dos secretários em R$ 12 mil para o próximo mandato, de 2025 a 2028, em
substituição ao valor anterior, de R$ 9 mil. O pacote legislativo promete
suscitar debates sobre o impacto financeiro e a eficiência da gestão pública no
município.
Segundo o texto sancionado, os agentes políticos terão
direito a férias anuais de 30 dias com acréscimo de um terço do subsídio, além
de um 13º salário proporcional, pago em dezembro. Para garantir o funcionamento
da administração, secretários em período de férias serão substituídos
temporariamente por outros secretários designados por portaria. A legislação
prevê ainda que as despesas serão custeadas por dotações orçamentárias
próprias, podendo ser complementadas, se necessário.
A justificativa para o aumento do subsídio e a concessão dos
novos benefícios, segundo a administração municipal, é atrair e manter
profissionais qualificados no quadro de secretários e dirigentes. Durante a
campanha eleitoral, a prefeita Adriana Duch afirmou que o antigo valor de R$ 9
mil era insuficiente para competir com os salários pagos no setor privado e em
outras esferas da administração pública, uma narrativa que agora enfrenta
escrutínio.
No entanto, críticos da medida apontam para os desafios
orçamentários enfrentados por Itapeva, um município que ainda lida com demandas
prioritárias em áreas como saúde, educação e infraestrutura. O aumento de
gastos com remunerações políticas contrasta com as dificuldades relatadas por
servidores municipais e a população, gerando questionamentos sobre a real
necessidade de onerar ainda mais os cofres públicos.
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